O que acontece quando o carro vai para dívida ativa?

certidão de propriedade de veículo

Quando um veículo é vinculado a uma dívida ativa, isso pode gerar diversas implicações legais e financeiras para o proprietário. A dívida ativa, em termos gerais, é um débito que não foi pago e foi inscrito em um cadastro da Receita Federal, estadual ou municipal. Esse processo ocorre quando o não pagamento de tributos, como IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), multas de trânsito, ou taxas relacionadas ao veículo, leva a uma cobrança mais rigorosa. Neste artigo, explicaremos o que acontece quando o carro vai para dívida ativa e as possíveis consequências para o proprietário.

1. O que é dívida ativa e como o carro pode ser afetado?

A dívida ativa ocorre quando um contribuinte (pessoa física ou jurídica) deixa de cumprir com suas obrigações fiscais e tributárias, como o pagamento de impostos e taxas. No caso de veículos, o não pagamento do IPVA ou de multas pode levar à inscrição do nome do proprietário na dívida ativa. Isso significa que a dívida será formalmente registrada e poderá ser cobrada de forma judicial.

Quando o veículo tem dívidas pendentes, o proprietário fica sujeito a uma série de consequências. O carro em si não “vai para a dívida ativa”, mas o proprietário pode ter o nome e o veículo vinculados a esse processo, comprometendo a regularização da situação fiscal.

2. Inscrição do nome na dívida ativa

O primeiro passo para que o carro tenha uma relação com a dívida ativa é a inscrição do débito. Quando o IPVA não é pago ou quando há acumulação de multas de trânsito não quitadas, o órgão responsável (como a Secretaria da Fazenda ou o Detran) pode inscrever a dívida do veículo na dívida ativa. Isso significa que a dívida será formalizada e pode ser cobrada judicialmente, caso o proprietário não quite o valor.

Após a inscrição, o débito é considerado de difícil recuperação, e o proprietário começa a enfrentar medidas mais rigorosas de cobrança, como a inclusão do seu nome em cadastros de inadimplentes, como o Serasa e o SPC. Além disso, o proprietário do veículo pode ser impedido de realizar alguns serviços relacionados ao veículo, como transferir a propriedade ou renovar o licenciamento, caso o pagamento das dívidas não seja regularizado.

3. Consequências de ter o carro vinculado à dívida ativa

Existem várias consequências para o proprietário de um veículo quando ele se encontra na dívida ativa:

  • Aumento de juros e multas: O não pagamento de uma dívida gera o acréscimo de juros, correção monetária e multas. Quando a dívida é inscrita na dívida ativa, esses valores aumentam ainda mais, tornando o valor total a ser pago significativamente maior.

  • Impedimento de licenciamento e circulação do veículo: Caso o débito não seja quitado, o proprietário do veículo não poderá renovar o licenciamento do carro. Isso significa que o veículo ficará irregular e o proprietário estará sujeito a multas e apreensão caso seja pego circulando sem o licenciamento regularizado.

  • Cobrança judicial: Quando a dívida é inscrita na dívida ativa, o órgão público responsável pode tomar medidas judiciais para a cobrança do valor devido. Isso pode incluir o bloqueio de contas bancárias, penhoras de bens, e até a penhora do próprio veículo.

4. A penhora do veículo

Se a dívida não for regularizada e o processo judicial for iniciado, uma das medidas possíveis é a penhora do veículo. A penhora significa que o veículo poderá ser apreendido para ser leiloado e a quantia arrecadada ser usada para quitar a dívida com o fisco. Caso o valor obtido no leilão não seja suficiente para cobrir o débito, o proprietário ainda poderá ser cobrado pela diferença.

5. Como evitar que o carro vá para a dívida ativa?

A melhor forma de evitar que o carro tenha qualquer vínculo com a dívida ativa é manter os pagamentos em dia. Isso inclui o pagamento do IPVA, multas e quaisquer outras taxas relacionadas ao veículo. Caso haja dificuldades financeiras para quitar as dívidas, o proprietário pode procurar negociar com os órgãos responsáveis.

Em alguns casos, é possível solicitar parcelamentos ou outros acordos para quitar os débitos de forma mais acessível. Se o veículo já tiver sido inscrito na dívida ativa, o proprietário pode tentar regularizar a situação, quitando as pendências de forma parcelada ou por meio de programas de recuperação fiscal, como os oferecidos pelo governo estadual ou federal.

Quando o carro é vinculado à dívida ativa, o proprietário enfrenta diversas dificuldades, como o aumento da dívida, a impossibilidade de renovar o licenciamento e a possibilidade de penhoras judiciais. Portanto, é fundamental manter os pagamentos em dia para evitar a inscrição na dívida ativa e as consequências que surgem com a inadimplência. Se o proprietário se encontra com a dívida ativa, é importante buscar formas de negociação o quanto antes para regularizar a situação e evitar complicações futuras.

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